A procrastinação, sob uma perspectiva psicológica existencial, vai além de uma simples falta de motivação ou preguiça. Ela está ligada a questões profundas sobre o significado, propósito e as escolhas que fazemos em nossa vida. A abordagem existencial busca compreender a procrastinação como uma forma de evitar confrontar questões existenciais que causam ansiedade, como a responsabilidade, a liberdade e a finitude.
De acordo com a psicologia existencial, a procrastinação pode ser uma maneira de evitar o confronto com nossas próprias expectativas e medos em relação ao fracasso ou ao sucesso. Ao adiar uma tarefa, evitamos encarar a realidade de que somos responsáveis por nossas escolhas e suas consequências. Essa evasão temporária nos dá uma falsa sensação de controle, mas, ao mesmo tempo, nos aprisiona em um ciclo de adiamentos e arrependimentos.
Outro aspecto é o medo do significado ou da falta dele. Quando nos perguntamos por que estamos adiando algo, muitas vezes a resposta revela um vazio existencial: "Por que isso é importante?" ou "Para que serve esse esforço?" Essa reflexão pode nos levar a questionar se nossas ações realmente estão alinhadas com nossos valores e propósito de vida, um pensamento que muitas vezes preferimos evitar.
A procrastinação existencial também pode estar relacionada ao medo da liberdade. Como seres humanos, temos a liberdade de escolher, mas essa liberdade também implica responsabilidade sobre nossas decisões. O adiamento das tarefas pode ser uma maneira de evitar essa responsabilidade, pois enquanto adiamos, permanecemos num estado de indefinição, onde nada é definitivo e não precisamos lidar com as consequências.
Para superar a procrastinação sob uma perspectiva existencial, é crucial desenvolver uma maior consciência de si mesmo, explorar o significado e o propósito por trás de nossas ações e aceitar a responsabilidade por nossas escolhas, abraçando a liberdade que elas nos proporcionam.
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