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O Que É Crise de Pânico?



As crises de pânico, ou ataques de pânico, são episódios de medo intenso que ocorrem de forma súbita e podem durar entre alguns minutos a cerca de meia hora, embora o mal-estar residual possa persistir por um período maior. Durante uma crise, a pessoa experimenta uma série de sintomas físicos e emocionais que são intensos e podem ser bastante debilitantes, levando-a, muitas vezes, a acreditar que está enfrentando uma situação grave, como um ataque cardíaco ou perda de controle.

Embora muitas pessoas possam passar por uma crise de pânico isolada ao longo da vida, episódios recorrentes podem indicar a presença de um transtorno de pânico, caracterizado por uma série de ataques de pânico acompanhados pelo medo persistente de novas crises e mudanças de comportamento para evitá-las.


Características e Sintomas Principais das Crises de Pânico

As crises de pânico têm uma série de características físicas e emocionais, algumas das quais incluem:


1. Sintomas Físicos

As crises de pânico são muitas vezes acompanhadas de uma resposta fisiológica intensa, o que pode levar as pessoas a interpretarem erroneamente os sintomas como uma ameaça física real. Entre os sintomas físicos mais comuns, estão:

  • Aceleração dos batimentos cardíacos (taquicardia): sensação de palpitação intensa.

  • Sudorese: aumento da sudorese, que ocorre de forma intensa e rápida.

  • Tremores e formigamentos: especialmente nas extremidades, como mãos e pés.

  • Dificuldade para respirar: sensação de falta de ar ou sufocamento, que pode ser muito assustadora.

  • Sensação de asfixia: além da falta de ar, é comum a sensação de aperto no peito e dificuldade para respirar.

  • Dor no peito: sensação que pode ser confundida com um infarto.

  • Náuseas ou desconforto abdominal: que às vezes leva a pessoa a se sentir enjoada ou mal.

  • Calafrios ou ondas de calor: mudanças súbitas na temperatura corporal.

  • Vertigem ou tontura: sensação de estar desequilibrado ou prestes a desmaiar.


2. Sintomas Psicológicos e Emocionais

Além dos sintomas físicos, as crises de pânico causam uma reação emocional intensa. Durante uma crise, o indivíduo sente um medo avassalador, além de:

  • Medo de perder o controle ou “ficar louco”: muitas pessoas têm medo de que possam perder o controle das próprias ações durante o ataque.

  • Medo de morrer: sensação intensa de que algo muito grave está prestes a acontecer, mesmo sem justificativa racional.

  • Sensação de irrealidade (desrealização): é comum a percepção de que o que está ao redor parece “estranho” ou “irreal”.

  • Sensação de desapego de si mesmo (despersonalização): sensação de desconexão com o próprio corpo ou mente.

Esses sintomas costumam aparecer subitamente e intensificar-se rapidamente, atingindo o pico em questão de minutos. Eles podem ocorrer em situações específicas, como locais fechados ou multidões, mas também em momentos de repouso ou sem qualquer gatilho aparente, o que torna as crises ainda mais angustiantes.


Causas e Fatores de Risco das Crises de Pânico

As causas exatas das crises de pânico não são completamente conhecidas, mas estudos apontam para uma interação entre fatores biológicos, psicológicos e ambientais. Entre os principais fatores de risco estão:

  1. Predisposição genética: pessoas com histórico familiar de transtornos de ansiedade ou depressão têm uma maior probabilidade de desenvolver crises de pânico.

  2. Eventos traumáticos: situações de alto estresse, traumas, perdas ou mudanças repentinas na vida podem desencadear crises de pânico.

  3. Uso de substâncias: o consumo de substâncias estimulantes como cafeína, drogas e até mesmo álcool pode favorecer o surgimento de crises.

  4. Condições médicas: certos problemas de saúde, como hipertireoidismo e doenças cardíacas, podem imitar ou aumentar a propensão a crises de pânico.


Diagnóstico e Tratamento das Crises de Pânico

O diagnóstico de crises de pânico geralmente é realizado por um profissional de saúde mental (psicólogo ou psiquiatra) e é feito com base nos relatos do paciente e na exclusão de outras condições médicas que poderiam estar causando os sintomas. Pessoas que experimentam ataques de pânico recorrentes ou que apresentam medo de ter uma nova crise podem ser diagnosticadas com transtorno de pânico.


1. Psicoterapia

A psicoterapia é o tratamento de escolha para a maioria dos casos. Entre as abordagens mais comuns estão:

  • Terapia Cognitivo-Comportamental (TCC): ajuda o paciente a entender o ciclo dos ataques de pânico, a identificar pensamentos disfuncionais e a desenvolver técnicas de enfrentamento. A TCC é altamente eficaz e ensina a pessoa a enfrentar os sintomas sem ceder ao pânico.

  • Terapia de Exposição: o paciente é gradualmente exposto a situações que teme, de modo a reduzir a sensibilidade ao desconforto e permitir maior controle em momentos de crise.


2. Medicação

Em alguns casos, os médicos podem prescrever medicamentos para ajudar no controle dos sintomas. Entre os mais comuns estão:

  • Antidepressivos: como os inibidores seletivos de recaptação de serotonina (ISRS), que ajudam a reduzir a frequência das crises.

  • Ansiolíticos: benzodiazepínicos podem ser usados em curto prazo, mas seu uso prolongado deve ser evitado devido ao risco de dependência.


3. Técnicas de Relaxamento e Respiração

Praticar técnicas de respiração profunda, meditação e mindfulness pode ser útil para reduzir a intensidade dos sintomas e ajudar o paciente a gerenciar melhor a ansiedade em momentos de crise.


4. Mudanças no Estilo de Vida

Atividades físicas, uma alimentação balanceada e sono adequado são importantes para ajudar a estabilizar o humor e reduzir o estresse. A prática de exercícios regulares, por exemplo, libera endorfinas e reduz a ansiedade ao longo do tempo.


Conclusão

As crises de pânico são experiências intensas e assustadoras, mas, com o tratamento adequado e o suporte de profissionais de saúde, é possível controlar os sintomas e melhorar significativamente a qualidade de vida. O autoconhecimento e o entendimento sobre a condição, juntamente com o apoio de familiares e amigos, são fundamentais para a superação e o enfrentamento desses episódios de maneira mais saudável e menos debilitante.


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